segunda-feira, 31 de março de 2014

Galletas de afecto (Conto infantil em espanhol)

Link para as votações até dia 13 de abril de 2014 do conto infantil que escrevi em espanhol chamado Galletas de afecto para o II Concurso de Cuentos: categoría narrativa da La Colina de Puck de Sevilha na Espanha.
http://www.lacolinadepuck.es/2014/03/votaciones-ii-concurso-de-cuentos.html

Nós mesmos

Link do texto "Nós mesmos" que escrevi em setembro de 2013 para La Naranja Orgánica - Asociación de Co-Aprendizaje en Permacultura y en el Desarollo del Potencial Humano de Barcelona na Espanha. 
http://naranjaorganica.blogspot.com.br/2013/09/nos-mesmos-nosotros-mismos.html 

quarta-feira, 26 de março de 2014

Cachos da Noruega

Longos ventos da Noruega
constroem teatros de glórias vikings.
Desponta sua aurora,
boreal, polar ou até astral.
No encontro do topo do mundo seduz
a cálida dádiva do coração humano.
Busca incessante de maravilhas
deste horizonte sem fim. (Que fim?)
Suaviza sensações de dúvidas e beija nossas almas com banhos de luzes...

Fonte da foto: Google (Aurora boreal Noruega)  

quinta-feira, 20 de março de 2014

O Ovo Quebrado

Não sabemos a origem. Foi alguma galinha que o botou. A granja desconhece-se de onde é.
Veio ao mundo e em algum lugar ficou. Não sei fazendo exatamente o quê.
Uma ideia surgiu da mente de alguém que teria que levá-lo a algum destino.
Lá foi ele.
Bem cuidado. Logisticamente transportado.
Tinha seus companheiros. Onze para ser preciso. Time de futebol parecia, mas com a sua presença formava doze. Doze é a soma perfeita da dúzia.
Vento, sol, chuva, frio e calor por tudo isto pode ser que passou.
Nunca sequer em nossos pensamentos mais levianos alguma vez pensamos no caminho ou na trilha dele.
Comemos, saboreamos, degustamos, sentimos.
De transporte automobilístico, por trem, avião ou barco. Pode ser até que caminha na boleia da estrada.
De repente chega ao local da venda.
Quitanda, lanchonete, pequeno ou hiper mercado. Tudo mundo olha os doze amigos.
Uma pessoa os olha e os escolhe. Lá vão eles todos unidos.
Unidos venceremos. Seremos cozidos ou estamos fritos.
Entramos numa cesta. Sexta ou terça-feira. É capaz de ser um carro de compras. Isto não lhes modifica o sabor.
Como tudo passa rápido. Cuidado! Somos os doze muito frágeis. Não queremos ir assim sem mais, nem menos.
Ufa, enfim! Uma casa. Um apartamento. Um gato e crianças. Gente que fala e sempre come.
Somos todos destinados a uma geladeira.
E eu os vejo um dia, dois e três dias.
Retiro a caixa e então vejo o ovo quebrado.
Observo com muita atenção, medito na questão e naquele momento reflito que não.
Um dia levantei e pensei em cozinhá-lo e está quebrado novamente. Da mesma maneira que estava outro dia. Ou ontem talvez.
Bem agora já fritei com manteiga e queijo. 
O destino configurado do ovo que estava quebrado. 

domingo, 16 de março de 2014

Tristeza fugaz

Furtiva lágrima

que escorre no pensamento

sólido memorial da realidade

extingue tua força ilusória

e deixa-me bater renovado cosmo 

segunda-feira, 10 de março de 2014

A Criação

A Criação 

A criação é um andarilho sem compromisso caminhando pelos mundos de cores e colores; sons e músicas; amor e paz; sonhos e realidades; infinitos e eternos; e seres humanos e Natureza.
Começa com o primeiro passo. Depois o segundo, logo vem o terceiro, o quarto já chegou, o quinto amassou, o sexto tem vintém e assim caminhamos.
O andarilho encontra uma estrada e não sabe onde vai dar.
Tem uma árvore do lado direito e bem lá no fundo, do lado esquerdo, um rio.
O céu é ao contrário, ou seja, o andarilho vai por sua estrada de cabeça para baixo. O céu está no lugar do solo e abaixo do solo está a Natureza. Onde está o solo afinal?
O andarilho enxerga muitas formas, mas a cada passo que dá elas mudam e aquelas de um segundo atrás são inimagináveis um segundo adiante.
Direita: lagoa, noite, muralha e depois um castelo. Esquerda: Júpiter, o Sol, Homero e olhando bem, talvez, o passado.
O andarilho já não lembra mais de nada. Nem de onde está.
Também onde ele está não é o mais importante e sim como está... E o que vai fazer com isto.
Longe virá perto e o perto já está no cérebro do andarilho.
Arco-íris tem todas as cores: a paz vem de violeta e os mares e oceanos são amarelos, brancos e de vários tons.
Não há casas e nem apartamentos. Tampouco ocas. Nem cabanas.  Todos moram ali. O mundo inteiro. Ali... não sei onde.
E o andarilho não consegue mais pensar. Vai andando pela estrada. Já não é mais estrada... ele está voando e nem percebeu.
Alimenta-se de brisa e vento e nunca sente sede ou fome. Está feliz, solto, confuso, e se sente justo.
O que ele não quer é parar.
Mas neste caminho será que existe uma parada?
É aqui e ali, lá e acolá. Pode ser...
E o andarilho agora vai se deliciando com prazeres sem deveres.
Anda, voa, pula, salta e dança. Depois em uma sequência que não tem origem, fim e meio; o andarilho transpira de felicidade. Pode até aterrissar.
Pergunta-se e responde a si mesmo : “Onde estava este caminho? Sempre caminhei e nunca o encontrei”.
E a História assobia no ouvido dele: “Ei andarilho... o caminho foi você mesmo que o fez!”
Pode ser português, inglês, francês, italiano, espanhol e, inclusive, esperanto. Até ser silêncio total. De volta e de ida.
O andarilho caminha e nunca está cansado.
Voa e sempre quer beijar. Apaixona-se e quer nadar. Vibra e trava a língua. Viaja e sempre está no mesmo lugar. Deseja, mas se realiza.
Parar? Não. Definitivamente não. O andarilho quer criar, criar, criar, criar, e mais criar, criar e criar.

Direitos Autorais

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