Todas as oportunidades que fui para Nice andei inúmeras vezes pela avenida Promenade des Anglais, de frente para o pacífico e aprazível mar Mediterrâneo. Cidade linda com pessoas tranquilas, sorridentes, simpáticas e agradáveis. Junto com as cidades vizinhas de Cannes e Saint-Tropez, para mim, formam a tríade iluminada do cenário azul maravilhoso da Côte D’Azur. Em Paris estive muitas vezes e tudo é poético e vibrante na cidade luz.
Tal qual Nice e Paris, Ancara e Istambul (Turquia), Ouagadougou (Burkina Faso), Charsadda (Paquistão), Bruxelas (Bélgica), Dalori (Nigéria), Jacarta (Indonésia) e Orlando (Estados Unidos) neste corrente 2016 foram atingidas em suas dignidades por atentados terroristas causando mortes de seres humanos inocentes. Uma das “versões brasileiras de atentados terroristas”, só para citar uma, é sentida fortemente pelos cariocas na cidade do Rio de Janeiro, que por acaso, somente por acaso, será sede das Olimpíadas em agosto.
Uma certa vez minha esposa Roberta e eu esperávamos por um voo para Barcelona no aeroporto de Gatwick em Londres e uns 40 minutos antes de embarcarmos toca um sinal altíssimo. Um oficial com megafone anuncia que era da Scotland Yard e que teriam sido avisados de quê havia uma ameaça de bomba para explodir no aeroporto. E todos, sem exceção, deveriam acompanhar os soldados do exército britânico. Haviam em torno de 50 deles ao nosso redor. Todos que estávamos naquele local do aeroporto, apreensivos, seguimos os soldados. Fomos para uma área bem distante de onde estávamos, atrás dos hangares dos aviões. Com muito medo, nós dois, permanecemos por 1 hora mais ou menos, quando chega uma senhora dizendo que poderíamos seguir alguns soldados que estavam com faixas brancas nos uniformes pois o aeroporto já estava seguro, sem nenhuma ameaça mais de um suposto atentado terrorista. Com a adrenalina a mil, agradecemos nossas vidas. Ufa! Que alívio, sorte a nossa!
16 julho 2016
