Em uma manhã nublada (sério? Em Londres?) desci na estação de metrô Knightsbridge em Londres e ao passar pela roleta que dava acesso à rua Brompton Road (para nós aqui no Brasil seria como uma avenida), estava em dúvida de como chegar ao hotel onde tinha feito reserva, próximo daquela estação, e resolvi perguntar a um senhor que olhando para mim se aproximou (parecia até que ele estava adivinhando que eu ia perguntar).
Perguntei se ele poderia me esclarecer algumas dúvidas. Ele, gentilmente, disse que sim que como ser humano que prestava serviços ao London Underground (metrô de Londres) estava a total disposição para passar informações aos passageiros. Achei sensacional a resposta e fiz as minhas perguntas ao que ele respondeu todas dando indicações bem claras. Dúvidas esclarecidas, foi a vez do senhor me fazer uma pergunta de onde eu era. Disse, brincando, que era brasileiro do Brasil. Ele soltou uma gargalhada que ecoou por toda a saída da estação e começou a cantar, em inglês, em alto e bom som e a plenos pulmões Aquarela do Brasil de Ary Barroso.
Completamente surpreso o agradeci, ao que o senhor fechou com chave de ouro: ele que agradecia muito a oportunidade de me conhecer! Realmente foi uma experiência singular e de muita alegria. Parece até que o meu dia se transformou completamente a partir daquele momento. Para melhor!
Fazer o que temos que fazer – profissionalmente, em família, socialmente, sei lá, o que for – é muito melhor fazermos com alegria que gerará felicidade para outras pessoas. Já que temos que fazer mesmo, então que façamos com alegria!
Como diz o chef de cozinha espanhol de vanguarda, David Muñoz, proprietário dos restaurantes DiverXO e StreetXO em Madri que com apenas 36 anos já tem três estrelas Michelin: Estou 16 horas em atividade por dia como chef, de segunda a sábado, e sinto-me tão alegre e tão feliz que muitas vezes não sei se realmente isto é trabalho ou pura diversão! Realmente faço o que amo!
30 agosto 2016
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